quarta-feira, 14 de março de 2012

O Balcão e ainda o Carnaval do Clube Farense


Zé Gomes,o verdadeiro, ex Rolear, em pose corrente

Sei que já estão a pensar no que fará aqui a foto do Zé-Zé. Adiante se verá.
Pela segunda vez o balcão tem honras de postagem, agora com um brilhante libelo sobre a necessidade de recurso à manga-de-alpaca para protecção de tão importante peça do mobiliário tabernal.
Numa primeira referência, nos idos de Julho de 2010, o cronista Jorge Leiria que à data, sem qualquer protecção, colocava escandalosamente os cotovelos sobre o dito, tentando ver um jogo do Sporting na Televisão dos ricos, como chama à Sport TV, protestava contra as barrigadas, as cotoveladas no seu frágil fígado, os encontros de ombro, as intermináveis falsas questões, com que uma chusma de cabeçudos (também chamados de batanetes e lampiões) brindava um inocente Sportinguista que queria ver evoluir no terreno a sua equipa de coração. O desespero foi de tal ordem que desabafava render-se e fazer contrato com o Joaquim Oliveira para as ausências do Vítor Pelica, companheiro rico(tem Sport TV) de noites europeias.
O balcão vai estando presente nas nossas vidas. Quando, durante a Tertúlia das quartas, o Caló, o Botas, o Jorge e por vezes o Zé, assentam os cotovelos no balcão, estou certo que o fazem também pela saudade dos momentos românticos que viveram nos balcões. Seja no balcão do Cinema Sto António,que saudade, seja, honni soit qui mal y pense, naquele balcão afrodisíaco do Arábia. Quem lá esteve que se acuse.
Na generalidade estou de acordo com a reivindicação, relevando também a observação do comentarista sobre a voz inigualável do Fernando Silva.
Há contudo duas questões que queria colocar relacionadas com a altura do balcão:
- a primeira porque essa altura dificultou a prestação do novel tertuliano Pedro Cabeçadas, que quase foi obrigado a pôr tacão alto para chegar ao seu inseparável órgão electrónico, aí estrategicamente colocado aquando da actuação musical da rapaziada;
- a segunda porque deveria também ser dada hipótese para frequentadores mais incontinentes poderem desopilar o seu órgão pessoal em momentos de aperto, sem terem que se deslocar ao exterior. Vá lá que “domingos” só existem uma vez por semana.
Veja-se a altura do balcão da Adega do Clube Farense onde o ilustre Fernando Pessoa se apresentou disfarçado de Zé-Zé Gomes no baile de carnaval. O balcão está a altura perfeita para qualquer órgão.




Fernando Pessoa difarçado de Zé Gomes
no baile do Clube Farense

As sugestões aqui ficam.

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