sábado, 5 de fevereiro de 2011
(Jorge de Sena, 2 de Novembro de 1919 - 4 de Junho de 1978)
A propósito de um recente post:
Não, não subscrevo, não assino,
a utilização gratuita do verbo, a palavra boçal, a piada grosseira com a qual se pretende levar ao riso alvar as gentes ignaras,
a ausência da subtileza que permite perscrutar por de trás do que se diz, aquilo que se pensa, a falta da ironia e a falta do humor cáustico, tão queridos da elegância rústica da nossa terra,
Não, não subscrevo, não assino,
a modernidade bacoca, que faz da alarvidade desmedida o expoente máximo da expressão e da liberdade da palavra,
Não, não subscrevo, não assino,
a capitulação de quem é capaz de fazer mais e muito melhor, perante a comodidade de reproduzir o que os cérebros embutidos de humoristas de pacotilha conseguirão alguma vez conceber,
Não, não subscrevo, não assino!
Jorge Leiria
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ResponderEliminarHá que manter o padrão de qualidade.